Museu do Diamante, Diamantina - MG


O Museu do Diamante foi criado juntamente com a Biblioteca Antônio Torres, em 12 de abril de 1954, através da Lei Nº 2.200, pelo Presidente Getúlio Vargas, com projeto do então Deputado Juscelino Kubitschek de Oliveira.


Hoje o Museu do Diamante é administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), autarquia do Ministério da Cultura. Com acervo formado por objetos de estilos e tipologias diversas, o museu constitui-se importante espaço de informação e memória tanto para a população de Diamantina, quanto para os curiosos visitantes vindos de todas as partes do mundo.




Entre estes objetos podemos encontrar indumentária e imaginária sacra, armaria, um vasto acervo de numismática, mineralogia, além de instrumentos utilizados no processo de mineração do ouro e diamante, que juntos compõem o quadro do que foi o processo de formação e ocupação do norte de Minas Gerais.




Destacam-se, neste acervo, as balanças de pesagem de ouro e diamante e os oratórios característicos da região. O acervo fotográfico é composto de fotografias de personalidades de Diamantina, ruas, casas e monumentos da cidade, e sobre mineração e garimpo na região.







A primeira sala é dedicada ao garimpo, com algumas réplicas de diamante, amostras de outras pedras e instrumentos utilizados para garimpagem.Há uma sala dedicada à arte sacra, com várias imagens de santos, crucifixos, confessionário e oratório. Em outra sala, muitas partes de imagens, como pés, mãos e cabeças.


Um pedaço da parte mais triste de nossa História também é retratado, com a exposição de objetos utilizados para prender e torturar as pessoas escravizadas que eram exploradas na região. É significativo centro de memória da região de Diamantina, em Minas Gerais, reunindo arte sacra, mobiliário, armaria, transporte, indumentária, tecelagem, mineração e outros objetos.




Diamantina é o início da Estrada Real, antigo caminho colonial por onde passaram o ouro e o diamante responsáveis pela riqueza da coroa portuguesa. Tal estrada corta boa parte do estado de Minas e do Rio de Janeiro, terminando na cidade litorânea de Parati. O Museu do Diamante localizava-se à Rua da Quitanda na Casa do Muxarabi, onde hoje encontramos a Biblioteca Antônio Torres. Posteriormente foi transferido para a Rua Direita, que durante alguns anos foi chamada Rua Tiradentes. Sua arquitetura harmoniza-se com o entorno, onde se destacam prédios históricos como a atual prefeitura, antiga Casa da Intendência; a Catedral Metropolitana, construída nos anos de 1930 após a derrubada da antiga igreja colonial da Sé; e, a Casa do Forro Pintado (Casa do Intendente Câmara).


Casa do Padre Rolim


A antiga residência do padre José da Silva e Oliveira Rolim, em Diamantina, onde funciona o Museu do Diamante, está situada na Rua Direita, na área central, e tem especial significado na estrutura urbana de Diamantina. Seu amplo terreno de fundos, onde se localizava o Córrego do Tijuco, estabelece uma clara continuidade com a quadra, determinando uma faixa horizontal e contínua ao conjunto das edificações. Dessa maneira, compõe uma das mais amplas áreas livres do centro da cidade, oferecendo uma interrupção no aglomerado construtivo, permitindo que se destaque o ritmo escalonado dos telhados e torres das igrejas na paisagem urbana.

Padre Rolim

O padre José da Silva e Oliveira Rolim nasceu no Arraial do Tijuco em 1747. Era filho de José da Silva e Oliveira, sargento-mor das Forças Auxiliares e caixa da Real Extração Diamantina, que tinha fortuna considerável, chegando a possuir diversos bens imóveis, lavras e escravos.
Inteiramente envolvido na Inconfidência, padre Rolim foi preso na Casa dos Contos e depois no Quartel de Infantaria de Vila Rica, tendo sido enviado para Lisboa em 1792, recolhido à Fortaleza de São Julião da Barra e depois ao Mosteiro de São Bento da Saúde.
Em 1804, foi autorizado a regressar ao Brasil, chegando ao Arraial do Tijuco em 1805. Tentou reaver os seus bens haviam sido confiscados, inclusive o prédio que foi vendido e arrematado por José Soares Pereira da Silva. Apesar de não ter readquirido a casa, foi indenizado. Faleceu em 1835 e foi sepultado na Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Diamantina.


Localização

Museu do Diamante/Ibram
Rua Direita, 14 – Centro
CEP: 39.100-000 – Diamantina/MG
Telefone geral: 55 (38) 3531-1382
E-mail institucional: museudodiamante@museus.gov.br


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